sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

GEOTA's Facebook

O GEOTA tem várias páginas temáticas do Facebook ao V/ dispor, para as quais agradecemos ajuda na sua divulgação, recomendação, gosto, ou a postar notícias. Em geral têm sempre um blogue associado. São elas: GEOTA - Grupo de Estudos de Ordenamento do Território e Ambiente, página institucional no Facebook; O Meu Eco-Sistema, projecto dedicada à cidadania e promoção de boas práticas na salvaguarda da qualidade ambiental do espaço público;Coastwatch, projecto dedicado à monitorização ambiental da faixa costeira e a educação ambiental para a sustentabilidade; Biodivercidade - GEOTA, para a promoção de conceitos ligados à valorização da biodiversidade na cidade; GEOTALUPA, uma página dedicada a divulgar informação genérica sobre a actividade do GEOTA e as suas posições, para além de informação geral sobre o ambiente; Rios Livres - sem mais barragens, dedicada à campanha contra o plano nacional de barragens; Passa Palavra, dedicada à educação ambiental dos mais novos, derivada do projecto com o mesmo nome; TTTpraQ, uma página destinada a promover o debate relativo à terceira travessia sobre o Tejo; CEEPT sobre o Centro Ecológico Educativo do Paul de Tornada Prof. João Evangelista, uma unidade de apoio e interpretação à Reserva Natural Local do Paul de Tornada, perto de Caldas da Rainha. Estão ao vosso dispor, convidamos a usarem..

sábado, 11 de fevereiro de 2012

Activismo ambiental - parte III

Assumi um lugar de representação do GEOTA no Conselho Executivo da CPADA para o biénio 2007-2010, tendo interrompido em 2009, por motivos particulares. Nesse período foram realizadas sessões do Conselho Geral e do ENADA sobre fogos florestais, no rescaldo dos períodos fatídicos de incêndios de 2003 e 2005. 

A experiência foi também reveladora da fragmentação e fragilidade das ONGA nacionais, regionais e locais, a dificuldade de se organizarem e constituírem alternativas viáveis e a liderança dos interesses corporativos e de representação das ONGA.

Se a união faz a força, a contra-recíproca será também verdadeira.

Cúpula dos Povos


Não posso deixar de sentir alguma emoção ao ler esta entrevista.

Quando comecei a minha actividade no ambientalismo, na ADAPA, uma ONGA local, recentemente fundada, em 1990, estávamos na preparação da Cimeira do Rio. A noção que tínhamos da importância do evento e da dinâmica da sociedade civil mundial, ou mesmo das suas possíveis consequências era muito reduzida.

Participámos com a CPADA, tendo o GEOTA como grande mentor, numa tenda multiusos em Belém.
Marcámos com cal um grande campo nos relvados.

Lá, fizemos actividades para alunos do ensino básico chamados jogos ecológicos. Eram principalmente actividades de equipa e de cooperação, onde a temática ambiental era introduzida em jogos tradicionais: futebol humano, corrida de 3 pernas, jogo da reciclagem e muitos outros. À noite e fins de semana decorriam debates, espectáculos. Foram exibidas várias exposições permanentes. Participaram várias centenas, senão milhares de pessoas. Muitos jovens de corpo, alguns jovens de espírito.

Para os jornalistas tudo era novidade. O "ambiente" era algo de muito novo e todo o ambiente de festa era contagiante. O conceito de "Desenvolvimento Sustentável", tão usado e abusado nos dias de hoje, era algo muito desconhecido do grande público.

A ECO'92, todo o mediatismo que obteve, marcou, durante muitos anos, a percepção que o público tinha sobre as causas e as ONGA. Ainda hoje estamos a sentir o efeito da passagem dessas ondas disruptivas do paradigma social dominante.

Os mais "velhos" nas ONGA activas na altura lembram-se, certamente, desses tempos, talvez com a mesma melancolia. Eram tempos em que a luta trazia resultados efectivos. Agora é tudo mais complicado, mais instituições, mais conhecimento acumulado, tudo mais com menos recursos.

Claro que as ONGA continuam a ter razão à posteriori, mas parece que se aprendeu muito pouco e que a ganância corporativa é o paradigma social dominante, como se o que se fizesse não tivesse consequências, como se as sucessivas bolhas inflacionistas de um mercado desregulado e sem controlo não impliquem directamente com a vida de milhares de milhões....

20 anos depois, está tudo a passar um pouco despercebido, entre o ruído de fundo dos vendedores de pessimismo. Mas no Brasil e em todo o mundo há ONG atentas e que se estão a preparar.