sábado, 7 de janeiro de 2012

Activismo político - parte I

O activismo político começou cedo, aos 18 anos, idade em que a necessidade de afirmação e contestação se manifesta em maior força, naturalmente num conhecido partido de esquerda. Não porque era o dominante no concelho, não porque fosse moda, sim porque aparecia como o único que apresentava ideologia e lógica suficientemente cativantes para criar uma causa e um sentimento de pertença maior que nós próprios. Foi assim dos 18 ao 23, em parte, complementar a uma actividade cívica na Comissão de Jovens de Alverca, em parte contraditório, uma vez que se tratavam de estruturas de natureza muito diferente, uma hierarquizada e estruturada do ponto de vista organizativo, ideológico, procedimentos e objectivos, a outra, mais informar e criativa, com lideranças mais ou menos auto-impostas pelas vontades mais fortes e experientes. Comissão de Freguesia, Concelhia, convite para a Distrital e mais se fosse preciso, se entretanto a Glaznost e a Perestroika e algo mais não vissem a por em causa um sistema de valores dogmático e um modelo de sociedade finalista, dividindo e pulverizando um continente. Em 1986 um comboio de mercadorias colidiu violentamente com um comboio de passageiros na estação da Póvoa de Santa Iria e um reactor nuclear na Ucrânia origina um acidente de grandes proporções. O conjunto: um abalo sísmico de grau 9 (Richter) na convicção nas teorias socialistas Marxistas Leninistas.

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